terça-feira, 16 de setembro de 2008

Extraterrestre

Sinto que estou em uma outra estação. Um local que não me é de origem. Longe, totalmente distante de minha realidade, na qual me reservo e transfiguro quando necessário. E mesmo que tudo pareça estranho - ao olhar de alguém de fora - nada me abala ao ponto de me fazer querer partir e pousar no mundo que todos conhecem. Aliás, não há um mundo que todos conheçam. Aquele que diz ser do mesmo mundo de outrém mente, e é tão convarde como uma criancinha. Quero dizer, atrevo-me ao máximo ao dizer que criancinhas são covardes. Ao meu ver, estas são as mais corajosas que existem. Ao cair no chão após uma tentativa não calculada e correr pela rua, sua primeira reação é tentar entender o que aconteceu. Em seguida procura seu porto-seguro e este lhe transmite segurança com um simples olhar, na medida em que os segundo passam um sorriso reluzente surge em seu rosto e, ao apoiar as mãozinhas no chão, ergue-se e se alegra com a própria vitória. Talvez tenha machucado a mão, saído com algum arranhão ou até mesmo um corte, mas apoiou-se em sua falência e nela se ergueu. Diga-me agora, pode-se chamá-los de covardes? Não.
E por saber que confundo tudo em meu mundo e o torno diferente de todos os outros é que me acalmo e desconheço aquilo que não me convém. Pode parecer egoísmo de minha parte, e acredito que seja mesmo. Mas as vezes é bom pensar na sua própria sanidade e as condições de mantê-la estável.

Um comentário:

more one marketing's game. disse...

Sanidade? Sua? Onde eu acho isso?
brinks, feia :*