quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ponteiros

Ela estava lá, sentada sob à sombra da maior árvore que encontrara, pensando no que havia feito de tão errado assim. Lembrou de cada poeira, mas o porquê era difícil de ser decifrado.

A impaciência estava evidente pelo tremer de suas pernas cruzadas e o estalar de dedos. Olhava seu relógio de pulso de minuto a minuto. E a cada brisa leve que passava por ali, um arrepio subia por sua coluna. Seria a presença dele? Ou a vontade de tê-lo por perto, presente, a fazia sentir e iludir?

Tirou da bolsa um pequeno álbum de fotos antigas. Entre uma seleção de fotos juntos e separados, seja em casa ou na praia, a sensação de perda não deixava por menos. Tantos foram as brigas escandalosas e os erros imperdoáveis; tantos os sorrisos envergonhados e as reconciliações. A essência nunca faltava ali. Mas a dor estava fincada, ao fundo, e parecia não ter deixado nada para trás. A saudade era maior do que a satisfação e a dor a corrompia.

- É inacreditável.

Sentiu uma lágrima rolar pelo seu rosto quente. Entre as fotos encontrou uma carta antiga, de papel amarelado graças ao tempo guardado. As palavras mais doces e sinceras que ela já lera, de fato.

- "Não hesitei um segundo ao perceber que era você".

Ela lia, re-lia, e as lágrimas caiam aos montes. E toda declaração era pouca para a intensidade do olhar e do sorriso no qual se baseava os sonhos dela. As semelhanças entre os desejos dela e as frustrações dele eram incomuns aos outros; eles se completavam.

Enquanto ela estivesse disposta, enquanto amasse, o esperaria. Mesmo não sabendo quando voltaria ou se. O desejo era maior que o descaso.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

E aquela? Quem é?

Mariana Nascimento Costa. Ou só Mariana mesmo. Dizem que nasci em Vitória, capital do Espírito Santo. Pelo menos é o que consta em minha certidão de nascimento. No auge de meus dezoito anos busco ampliar meus conhecimentos... Costumam chamar isso de curiosidade. Talvez esse seja o fato principal pela minha escolha, ou não.
Acredito em destino e, ao mesmo tempo, que a vida é o que você faz dela. Tento parecer o mais otimista possível quanto meus interesses profissionais. Admito ainda ter sonhos. Qual seria a graça de viver sem eles, afinal? Conquistas se dão através de objetivos traçados e, assim, espero alcança-los.
Minha certeza é a incerteza do que quero. Sei que quero encontrar a Felicidade que todos procuram, se é que isso existe de verdade. Só sabe mesmo quem corre atrás, e creio estar no caminho certo. Talvez essa seja mais uma incerteza, ou não.
Quero não ter apenas o diferencial, mas fazer a diferença. Admiro o vulgo “quarto poder”; persuasão é o truque essencial para um bom mediador da informação. Seja em qualquer instrumento ou meio de comunicação, o importante é ministrar da melhor forma possível o conhecimento e assim passa-lo adiante, sem devaneios.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mesmo que nada

E de tanto olhar, enxerguei o mal que não havia.
Procurei então relaxar, num ato falho. Buscava, então, sabedoria suficiente para perceber quão mal faria se voltasse atrás.
Mal a quem, afinal? Não importa, desde que o faça bem... ou mal.
Hipócrita, talvez, pensar em não pensar o injusto, desejar não desejar o insulto, sonhar em não sonhar o impuro.

Que mal há nisso? Desde que não seja tão mau assim... que seja.

Seja.