sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E quis ter os pés no chão...

É como estar só, sem querer. Sem sequer manifestar-se. E navegar num oceano de mágoas, onde o horizonte de tão lindo parece inalcançável. Nessa brincadeira de não saber aonde ir a gente se esconde. Para ninguém achar? Para encontrar-se. Renascer. Ponto de partida. Tirar forças da insaciável vontade de voar, quando se tem asas cansadas. Agarrar-se ao desejo de ser o que já se é. Enxergar além da ponta do nariz. Solidão? Brincadeira de criança. Tudo o que eu preciso tenho comigo, jus à graciosidade que aprendi com aquela que me ensinou a rezar. E as lágrimas que caem são como orvalho cristalino, que só quer umedecer a terra seca. Um coração frio. Deixar a dor ir embora. Dar rumo ao que já está encaminhado. Dormir? Sonhar. Correr contra o tempo, sentir o vento. Encantamento. Leveza do pensamento. Distância sem fim, do que nunca teve. Saudade do que nunca existiu. Lembranças? Mágoas. Crescer pelo próprio esforço, medir consequências, ser sã. A brisa leve que acalma. Irradiar. Acordar. Como melodia, encantar. Sofrer.

2 comentários:

Anônimo disse...

" Tanto eu abri mão, que hoje eu entendi sonho não se dá, é botão de flor. O sabor de fel é de cortar. "

more one marketing's game. disse...

Ficou lindo, feia. [/antítese]
*-*

É bom ver você amadurecer assim, é coisa de criança ficar sofrendo por causa de coisas que passaram e achar que a vida vai ser sempre do mesmo jeito.
Por isso que eu digo que você é encantadora. ♥

:*